sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ultimamente ando meio nostálgica. Incrível como músicas, gestos, cheiros ficam impregnados em mim. A noite quando deitei de bruço lembrei do seu corpo em minha costa. Tudo foi tão real que senti sua respiração em meu ouvido. Loucura? Loucura será eu ficar sem isso.

Já me acostumei com a tua voz
Com teu corpo e teu olhar
Me partiram em dois
E procuro agora o que é minha metade

Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu

Meu coração é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo

Quando não estás aqui
Tenho medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo jundo ao meu

Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz
Quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espirito se perde, voa longe.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Lembranças do meu gostar

Lembro de como tudo aconteceu, as primeiras mensagens, desejos ditos em trexos de músicas, as primeiras músicas tocadas, o primeiro toque acompanhado do medo, seu coração disparado contra meu peito, sua respiração ofegante em meu ouvido. Lembro do primeiro não e também do primeiro sim. Do primeiro filme visto juntos, das bricadeiras feitas com as comidas e lembro subitamente do primeiro beijo. Ah! O primeiro beijo. Quarto escuro, as companhias, a música tocada.
Lembro mais ainda da primeira aventura, o primeiro quarto, a primeira vez que falei do seu cheiro, o primeiro jeito de fazer amor, o que assistíamos, o lugar... guardo até hoje a nota como recordação. Lembro também da primeira frustação no dia seguinte, as palavras ásperas ditas em seguida acompanhadas das primeiras lágrimas e do desespero de nos perdermos.
Lembro da primeira e única carta recebida e escrita, que às vezes em clima de nostalgia a leio para lembrar quando você dizia pensar em mim. Lembro dos desencontros, idas e vindas, dos toques que me reportavam à felicidade plena, todavia me vem a lembrança dos toques que me faziam ir para bem longe de você.
Lembro dos beijos com gosto de chocolate e dos sonhos com chocolate. Sonhos que foram poucos e não como eu queria que fosse. Nem mesmo queria que tivessem sido sonhos. Lembro de cada encontro e principalmente da vontade que eu trazia em cada um deles. Lembro da primeira vez que deitamos de conxinha. Lembro de cada conversa, cada detalhe, cada forma de tratamento, não só as boas (uma pena), mas as que nos traziam desgate também. Lembro de cada abandono de ambas as partes e de cada volta, do desejo de estarmos perto e do desejo de estarmos bem longe. Lembro das viagens feitas e cada próposito trazido nelas.
A quase um ano não sabia mais o que era sentir isso. Sensação de desespero, de desejo, da vontade de um abraço, de ouvir palavras doces vindas de você. Todo esse tempo tive que me guardar tentando encontrar quem pudesse me trazer lembranças como as suas. Espera em vão.
E quando volta tudo outra vez as lembranças aparecem e trazem o doce amargo de não ter podido usufruir apenas bons momentos.
Gostar para mim sempre foi algo sem resposta, incerto, lembranças...
[Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer.]
(Clarice Lispecto)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Acompanhe-me

Pela primeira vez não sei o que fazer. Peço a DEUS serenidade para que eu tenha forças para seguir em frente sem você. Poucas vezes desejei isso, mas não dá mais. Não dá para estar ao seu lado e não te ter em meus braços e estar em seus braços.
Quero dias claros e noites escuras ao seu lado. Quero paz e ao mesmo tempo euforia. Quero você. Não dá mais para continuar como está. Nossas vidas em caminhos opostos, destinos trocados, eu sem você. Doi muito andar sem você, só eu sei a dor em meu peito causada por sua falta e displicencia.
Que sentimento é esse que me consome, que me arranca de você e outrora me transporta para perto? Quando penso que está tudo acabado me vejo mais ainda enrolada nessa trama que não sei quando e como será o fim.
Só queria que essa dor passasse. Doi muito... mas muito... doi sentir tudo isso e não sei nem se estou de verdade em sua vida.
Não faça mais meu coração chorar, não o deixa mais parar, cuida do meu sentimento, cuida por que ele é pra você e só existe por você. Não acabe com o que trago de mais lindo e intenso que existe dentro de mim. Faça das nossas longas conversas noturnas virarem realidade. Não me deixe sozinha nesse sonho. Ande comigo e faça de mim a extensão da sua estrada. Só não me faça de um percurso errado.

domingo, 12 de abril de 2009

Observar é uma arte

Embarcação ancorada a espera de ser preenchida por pessoas diversas, de histórias distindas, idiomas e propósitos diferentes de estarem lá. A sensação do balanço do mar, da brisa no rosto, das estórias ouvidas foram únicas. A cada pingo de chuva uma impressão desigual. A preferência pelo passeio a pé trouxe autonomia para desvendar os segredos de uma cidade enigmática, afinal estávamos designadas ao divertimento, sem preocupações com horas ou destino. O lema era explorar e se divertir. Porém ouvir a falácia dos nativos e contar com sua hospitalidade é fundamental. Casarões, ruínas, igrejas, museu, ruas, praças, restaurantes... todos com um sabor peculiar. Clima tranquilo, silêncioso, que às vezes era rompido por automóveis que contrastavam com o cenário.
Engajadas na análise das condutas observáveis, assim como SKINNER, Alcântara nos trazia muitos estímulos positivos para sairmos desbravando seus mistérios e registrando cada passagem, para levarmos dali uma vasta lembrança que as lentes não puderam transcrever.
Na volta, a chuva, um espetáculo a parti, serviu para vermos como somos pequenos diante da natureza. A força da água só não era maior do que a ignorância da cantiga ouvida.
-"Nada a este bordo". São Luís sumiu em meio à chuva, o balanço que na ida era gostoso, na volta ficou mais gostoso ainda. Todavia o sabor do mar não deveria ser agradável, que mesmo com toda sua força era indefeso diante da habilidade que o homem tem para a destruição. Mesmo sem saber se estávamos perto da chegada, pois o campo visual era nulo, a sujeira no mar já nos mostrava que ali a ação do homem já se fazia presente. Entre o lixo caseiro a DIAMANTINA se aproximara da costa em maré baixa, o sol se pondo escodido entre nuvens de chuva, mas louco para mostrar sua beleza. E sua loucura foi tanta que não precisou muito tempo para nos recompensar com sua imagem.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Quem sou

- É... eu sou assim, lenta para algumas coisas, mais esperta até demais pra outras. Paciência?? Ah, isso tenho que aprender a ter. Como já diziam aquelas frases lenga-lenga: Paciência é uma virtude! Apaixonada! Acho que isso me defeniria. Apaixonada pela vida, pela família, pelos amigos, pelo meu trabalho, porque bem ou mal é o que sei e o que AMO fazer.
- Ta certo... sei que espero demais dos outros, e o pior, sempre "dos outros" errado. Mas vou aprendendo, andando meio capenga, caindo e levantando, buscando razões para seguir, sem saber que a própria razão está em mim. Mas uma coisa estou aprendendo e muito, a me amar. Ah... como é bom amar a si mesmo. Você já se deu um beijo? Já parou para sentir seu próprio cheiro? Rir com seu erros e de suas mancadas? Estou fazendo isto com mais frequência.
- Ta bom... sei também que me entrego demais nos relacionamentos, mas em qual relacionamento não tem o mais apaixonado, mais carente, mais romântico, o mais... mais??? Uffa... Se ser assim for ser louca, serei a louca mais louca então. Adoro dizer palavras bonitas, paparicar o "meu bem". Fazer comidinhas que ele gosta? Isso é fichinha perto do que sou capaz de fazer. Só sei que assim como me doou muito, cobro muito também. Mas calma, sou um ser humano ainda. Quem é na face da terra que dar e não quer receber? Quem conseguir essa mágica me avise por favor. Vou querer a fórmula.
- Eu queria ter um poder. Você já parou para pensar em ter um poder? Não? Pois tente. Seja bobo... se é que usar imaginação é bobagem. Pois eu queria LER O PENSAMENTO DOS OUTROS. Sabe, poder da mente?! Me disseram que eu me revoltaria com o mundo inteiro. Será? Mas queria saber o que você e os outros pensam. Mas não queria que você soubesse o que eu penso. Mas é sempre assim... quero para mim mas não para os outros. O ser humano é um bicho engraçado. Mas isso é que nos faz sermos quem somos, um bicho cheio de estranhezas, porém que deseja sempre a estranheza do outro.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Quando entendo

Certas coisas são inexplicáveis. Penso, tento entender o que me faz ser ligada em você. Gostamos das mesmas coisas? Lutamos pelo mesmo ideal? Frenquentamos os mesmos lugares? Temos os mesmo amigos? Gostamos dos mesmos cheiros, dos mesmos gostos? Acreditamos nas mesmas verdades? Nem mesmo sei. Você nem ao menos satisfaz as minhas vontades. Afinal, o que me faz ser ligada em você? Penso entao na sua pele, cheiro, riso, toque, palavras, seu jeito de me olhar, de me ouvir, de dormir... Nessa hora entendo. Se eu pudesse fazer você sentir o que sinto... Se pudesse te olhar profundamente todos os dias para que eu pudesse buscar no teu íntimo o que te faz perder o sono, o que pode te acalmar. Queria eu ser tua aflição e ao mesmo tempo tua calmaria. O pouco que sabes de mim não é o suficiente para entender meu amor por você.